A discografia de José Mário Branco

Um percurso através dos discos de José Mário Branco. Os álbuns, mas também a discografia em discos de 45 rotações. Este post está em construção. Aos poucos irão surgir aqui textos sobre todos os discos. Texto: Nuno Galopim

Ao longo das próximas semanas vamos aqui juntar textos sobre cada um dos discos de José Mário Branco. Para começar eis uma lista dos títulos da sua discografia… Depois nada como ir regressando a este post para acompanhar, aos poucos, um retrato mais detalhado desta discografia…

Compositor popular… Artista de variedades… Aprendiz de feiticeiro… José Mário Branco, do Porto. É assim que se apresentou em tempos um dos nomes maiores da música popular portuguesa. Uma história feita de canções, de lutas, de valores, que traduzem já mais de meio século da história social, cultural e política do nosso país.

Foi durante o exílio em Paris que descobriu uma voz própria na canção, explorando primeiro palavras de outros (nomeadamente do cancioneiro medieval português) depois encontrado também um espaço para da sua escrita fazer nascer música. Começou por editar discos que chegavam a Portugal “por debaixo do balcão” das lojas. Regressou com o 25 de abril. E durante algum tempo afastou para uma vivência coletiva – através do GAC, do teatro, do cinema – o seu trabalho como músico.

Retomou o percurso assinado em nome próprio em finais dos anos 70, juntando sempre a cada disco novas demandas (da música às próprias estratégias de edição discográfica). Abraçou novos projetos coletivos. Alargou o espaço de trabalho noutras frentes (entre as quais a da produção). É uma reconhecida referência na história da canção política em Portugal. Mas mesmo sempre cunhada por uma personalidade atenta e crítica, a sua obra não se esgota nesse universo. E é uma das mais importantes da história da música portuguesa.

Para conhecer melhor a sua carreira pode ver aqui “José Mário Branco – Inquietação” (imagem que abre o post), o segundo episódio da série “Vejam Bem” da RTP.

Álbuns

1971. “Mudam-se Os Tempos Mudam-se As Vontades” (Guilda da Música)

Lado A: Abertura (Gare d’Austerlitz) / Cantiga Para Pedir Dois Tostões / Cantiga do Fogo e da Guerra / O Charlatão / Queixa das Jovens Almas Censuradas

Lado B: Nevoeiro / Mariazinha / Casa Comigo Marta / Perfilados de Medo / Mudam-se os Tempos Mudam-se as Vontades

Há discos que definem momentos de mudança na história da canção popular portuguesa. Havia já um corpo de trabalho marcante registado nos anos 60 por nomes como José Afonso, Luís Cília ou Adriano Correia de Oliveira, entre alguns mais, que haviam aberto as portas das palavras cantadas a uma modernidade nas demandas musicais. Caberia, porém, ao álbum de estreia de José Mário Branco (e aos discos gravados por esses dias por José Afonso e Sérgio Godinho) o passo seguinte, elevando as formas a um outro patamar de complexidade e capacidade de diálogo entre linguagens, influências, estímulos e heranças (abarcando inclusivamente ecos da contemporaneidade em terreno rock). Gravado com meios que não dispusera nos dois primeiros discos (um EP e um single), mas levado a estúdio já como ideia maturada e bem desenhada, esta música ganhou forma no mítico Chateau d’Herouville (perto de Paris) onde figuras como Elton John ou os Rolling Stones também passaram. Juntando músicos franceses, contando em estúdio com a presença de Sérgio Godinho (que assina as letras de quatro canções) e incluindo ainda no alinhamento canções criadas a partir de poemas de Natália Correia, Alexandre O’Neill e Camões, Mudam-se os Tempos Mudam-se as Vontades eleva a canção em língua portuguesa a um espaço de primor estético mais desafiante do que até aí se conhecera. Do trabalho de sonoplastia na Abertura (com gravações feitas de noite, na estação a que chegava o Sud Express por onde muitos portugueses então partiam para Paris, onde José Mário Branco então vivia) à dimensão experimental que cruza Perfilados de Medo, este é um dos discos maiores da história da música portuguesa.

1973. “Margem, de Certa Maneira” (Guilda da Música)

Lado A: Por Terras de França / Engrenagem / Aqui Dentro de Casa / Margem de Certa Maneira

Lado B: Cantiga da Velha Mãe e dos Seus Dois Filhos (Mãe Coragem) / Sant’Antoninho / A Morte Nunca Existiu / Eh! Companheiro

Depois de uma ideia para um álbum conceptual que fica por concretizar, José Mário Branco regressa em novembro de 1972 aos estúdios no Château d’Herouville onde, entretanto, e além do seu álbum de estreia, trabalhara também em Os Sobreviventes de Sérgio Godinho e Cantigas do Maio de José Afonso, discos que então vincam sinais de mudança na música popular portuguesa. Uma vez mais sobretudo acompanhado por músicos franceses, José Mário Branco conta ali também com as colaborações de Adriano Correia de Oliveira ou de Manuel Jorge Veloso, que assina o papel de produtor delegado. O disco segue os caminhos lançados pelo álbum anterior mais aprofunda e alarga as demandas musicais, havendo sinais importantes de vontade em explorar ecos de tradições portuguesas em Engrenagem ou experimentando heranças da música erudita nos arranjos para piano na canção-título, sendo não menos exploratória a abordagem à linha vocal de A Morte Nunca Existiu. Sérgio Godinho volta a marcar presença neste disco como letrista. São suas as letras de Cantiga da Velha Mãe e dos Seus Dois Filhos (Mãe Coragem) e Eh! Companheiro, talvez as duas canções mais vezes recordadas do alinhamento deste álbum. Esta última canção, que encerra o alinhamento do disco, e Engrenagem lançam pistas para trilhos que pouco depois exploraria com o GAC.

1978. “A Mãe” (Comuna Cooparte)

Lado A: Prólogo / As Canseiras desta Vida / Águas Paradas Não Movem Moinhos / Remédios e Côdeas / 1º de Maio / Qual é a Coisa Qual é Ela (Elogio do Comunismo) / ABC (Elogio da Aprendizagem)

Lado B: Os Meninos de Amanhã (Elogio do Revolucionário) / Nada os Salvará / Camarada Maria Rodrigues / O Terceiro Amigo / Cantiga de Alevantar / Aquele que Está Vivo Não Diga Nunca “Nunca”

A revolução em abril de 74 e as consequentes mudanças políticas e sociais em Portugal levaram José Mário Branco (regressado de Paris ainda em abril de 74) a encarar a sua música com um sentido ainda mais intenso na relação com o espaço (as gentes e os factos) ao seu redor. A criação do GAC – Grupo de Ação Cultural, concentra então as sias atenções como compositor e intérprete, dividindo atenções entre a escrita de novas canções, a gravação de discos (muitos deles surgidos quase como manifestações de reação a acontecimentos) e uma incansável agenda de atuações em cantos livres e outros espaços que levassem a música a populações de todo o país. De 1974 a 1978 é através do GAC que apresenta a esmagadora maioria das suas novas criações musicais, em muitas delas traduzindo uma vontade em aprofundar explorações sobre heranças das músicas tradicionais portuguesas. Em 1977 foi convidado para compor música para uma adaptação, pela Comuna, da peça A Mãe, de Brecht. Não só aceitou o desafio como acabou mesmo por se integrar no grupo de teatro, onde ficou por algum tempo. O álbum A Mãe, lançado pela própria companhia de teatro, inclui não apenas a música que José Mário Branco criou (e cantou) como momentos do texto na voz dos atores, que colaboram ainda nos coros. Aqui abriam-se novas frentes de trabalho, distintas das que o GAC promovera, procurando antes na memória das “canções heroicas” um ponto de partida para a criação de uma música capaz de traduzir uma época e um contexto de luta. Há ainda, uma vez mais, sinais de uma incansável demanda por novas ideias não apenas na composição mas na própria cenografia dos sons.

1978. “A Confederação” (Diapasão)

Lado A: Dedicatória (JM Branco) / Sete Rios de Multidão (JM Branco e Rui Vaz) / Destruição (documento) / Pão P’ra Toda a Gente (JM Branco) / Estado de Sítio (Jorge Dias) / Ai Meu Trigo Lindo (JM Branco) / Ai de Mim (Margarida Carpinteiro) / Povo Fardado (Jorge Cortez) / Hino da Confederação (instrumental)

Lado B: Hino da Confederação (Luísa Alcobia) / Operários e Camponeses (JM Branco e Rui Vaz) / Cinema Mudo (Rui Reis) / Soldados de Abril (JM Branco e Rui Vaz) / Valsa Talvez / A Luta Continua (Jorge Cortez) / Unidade Popular (JM Branco e Rui Vaz)

O álbum com a banda sonora do filme A Confederação, de Luís Galvão Telles, com argumento de Amadeu Lopes Sabino, tem José Mário Branco como a figura de maior presença. É, contudo, um trabalho coletivo, referindo até mesmo a capa as presenças de Fausto e Sérgio Godinho, autores do Hino da Confederação que aqui é interpretado pela voz de Luísa Alcobia. A banda sonora é sobretudo caracterizada por várias abordagens a uma canção de José Mário Branco, que surge em arranjos diferentes em função das necessidades do filme. Com um outro arranjo a mesma canção surgiria, numa leitura mais definitiva, no álbum Ser Solidário com o título Eu Vi Este Povo a Lutar (Confederação). O disco inclui alguns momentos falados, assim como música incidental que ora passa por uma improvisação ao piano (em Cinema Mudo) ou peças instrumentais (como Valsa Talvez, composta por José Mário Branco). O filme, que recebeu o Grande Prémio do Festival da Figueira da Foz de 1977, aborda “a guerra, a repressão, o amor, a morte e a luta de classes”, como se lê num texto na contracapa do LP que acrescenta ainda que “a banda sonora inspira-se nessa mesma temática”.

1982. “Ser Solidário” (Edisom)

Lado A: Travessia do Deserto / Queixa das Almas Jovens Censuradas / Vá… Vá… / A Morte Nunca Existiu

Lado B: Fado da Tristeza / Fado Penélope / Qual é a Tua, Ó Meu? / Eu Vim de Longe, em Vou P’ra Longe

Lado C: Inquietação / Não te Prendas a Uma Onda Qualquer / Linda Olinda / Teze Anos, Nove Meses

Lado D: Sopram Ventos Adversos (Maiden Voyage) / Eu Vi Este Povo a Lutar / Ser Solidário

Entre a notícia de que ia haver um novo disco de José Mário Branco e a edição de Ser Solidário passaram três anos. Este seria o regresso. Depois de um segundo álbum a solo editado em 1973 os anos seguintes tinham gerado uma série de projetos coletivos, desde o GAC à criação de música para teatro e cinema. Sem ter inicialmente uma editora aparentemente interessada em editar o disco, José Mário Branco recorreu a uma estratégia de crowdfunding, apresentando as novas canções num espetáculo, entregando a cada espectador uma folha policopiada na qual explicava o projeto e pedia, a cada um, a compra antecipada do disco. Com fundos recolhidos partiu para estúdio onde então recriou o mesmo material musical. Ser Solidário é um álbum duplo e não só lança novos olhares sobre momentos anteriores – da nova versão da Queixa das Almas Jovens Censuradas à visão “definitiva” de Eu Vi Este Povo a Lutar, tema nascido para banda sonora da Confederação – como olha novas possibilidades, desde primeiras manifestações de relacionamento com o fado a mergulhos pelo jazz (Sopram Ventos Adversos inclui uma referência a Maiden Voyage de Herbie Hancock). O disco vai buscar uma série de heranças a espaços da música popular portuguesa (quer na marcha popular Qual é a Tua, Ó Meu ou na assimilação de uma chula em Eu Vim de Longe, Eu Vou Pra Longe), mas não deixa de mostrar um interessa por formas urbanas e contemporâneas como se escuta em Inquietação (novamente com tons jazzy) ou Linda Olinda (aqui com sabores funk). Não será exagero afirmar que, juntamente com o álbum de estreia, de 1971, Ser Solidário representa uma das obras-primas de José Mário Branco.

1985. “A Noite” (UPAV)

Lado A: Cá Vai Caneças / Tiro-no-Liro / Arrocachula / Camões e a Tença / Elogio da Corporação

Lado B: A Noite

Depois de Ser Solidário – disco que apesar de editado em 1982 correspondia na verdade a canções criadas algum tempo antes – o passo seguinte na discografia de José Mário Branco envolveu opções tanto no plano estético como funcional. Depois de ter batalhado o autofinanciamento de um álbum e conhecido depois “casa” editorial na Edisom, o álbum seguinte, ao qual chamou A Noite, correspondeu ao primeiro lançamento através de uma nova cooperativa, a UPAV, pela qual surgiriam depois discos de Amélia Muge, Brigada Victor Jara, Vai de Roda ou Cal Viva. A Noite surge em meados dos anos 80 e traduz poeticamente os tempos que então se vivam. Musicalmente a grande novidade era a criação de uma canção mais extensa, que dava título ao disco, ocupava toda uma face e envolvia uma multidão de músicos, criando espaço a reflexões sobre a música para orquestra (que inclusivamente levariam o próprio José Mário Branco a reavaliar as opções aqui tomadas). Para A Noite eram ainda chamadas algumas palavras de Antero de Quental. Na outra face o álbum apresentava canções mais curtas, expressando essas um interesse pela música popular portuguesa (sem abdicar das marchas), o jazz, o funk e os universos do rock, que já antes José Mário Branco tinha abordado em disco. Entre os muitos colaboradores que encontramos nas faixas de A Noite estão figuras como António Emiliano, Carlos do Carmo, Júlio Pereira, Pedro Caldeira Cabral, Rui Júnior, Rui Veloso e Tomás Pimentel.

1990. “Correspondências” (UPAV)

Lado A: Dairinhas (Carta a Daniel Filipe) / Emigrantes da Quarta Dimensão (Carta a J.C.) / Diminuendos (Carta ao Sr Silva) / Zeca (Carta a José Afonso) / Shalom, Palestina (Carta a Hannah Arendt)

Lado B: Sentido Único (Carta ao Chico Buarque) / Quando eu For Grande (Carta aos meus netos) / Cada Dia São Cem (Carta ao remetente) / 1900 (Carta a Anton Tchekov)

O sucessor de A Noite revelou um disco completamente diferente. Se o álbum originalmente lançado em 1985 traduzia um momento de reflexão sobre um tempo que José Mário Branco associou à escuridão densa e tensa de uma noite escura, já o seu sucessor foi luminiso e feliz (note-se o sorriso na foto que vemos na capa e logo ali um clima fica lançado no ar, antes mesmo de se escutarem as canções). Mesmo sem que isso implicasse um distanciamento da atitude crítica perante o mundo ao seu redor (que na verdade aqui encontra outros modos desafiantes de se expressar). Projeto artosticamente partilhado com Manuela de Freiras, Correspondências partiu de uma lógica concetual: cada canção seria uma carta. E assim nasceram cartas a figuras concretas que passaram pela sua vida, a rostos que a história registou e até mesmo à sua esfera mais pessoal e familiar. Musicalmente diverso, refletindo gostos explorados nos discos que gravara desde Ser Solidário, juntando na carta a Chico Buarque uma (compreensível) vontade em citar a música daquele a quem falava, Correspondências usa uma narrativa epistolar para fixar um olhar em volta em plenos anos 90. Aparentemente mais sereno, mas nem por isso menos incisivo. A carta a José Afonso tem o fulgor de um hino… E na verdade, poucos anos depois, foi entre a música de José Afonso que registou o seu passo seguinte, dessa vez partilhando o protagonismo com Amélia Muge e João Afonso.

1995. “Maio Maduro Maio” (Columbia), com Amélia Muge e João Afonso

CD 1: Maio, Maduro Maio (instrumental) / Utopia / De não saber o que me espera / Canção de embalar / Entre Sodoma e Gomorra / Que amor não me engana / Já o tempo se habitua / O pastor de Bensafrim / Lá no Xepangara / Chamaram-me cigano / Achégate a mim, Maruxa

CD 2: Maio, Maduro Maio / Canção da paciência / A cidade / Nefretite não tinha papeira / O homem voltou / Nem sempre os dias são dias passados / De sal de linguagem feita / Se voaras mais ao perto / Ali está o rio / Benditos / O país de carrinho / Fura-fura / O que faz falta / Zeca

A ideia nasceu em 1993 na forma de um convite lançado por uma associação cultural em Gulpilhares, no norte do país, que lançou a José Mário Branco, Amélia Muge e João Afonso, um desafio para que criassem um espetáculo todo ele feito com canções de José Afonso. A proximidade entre os três protagonistas e o homenageado (com o qual todos eles se haviam cruzado pessoal ou profissionalmente) sublinhou a proximidade que os ligava às canções. Aos três juntaram-se ainda António José Martins e Rui Júnior. O espetáculo conheceu nova vida em Lisboa, no palco do Teatro Municipal S. Luiz em três noites em dezembro de 1994. E da gravação desses concertos nasceu este disco que ficou com o título do projeto: Maio Maduro Maio. Com instrumentação contida, valorizando a essência das composições e a força das palavras, as versões de canções valorizam a presença de alguns temas menos divulgados de José Afonso. O alinhamento incluiu ainda dois originais criados respetivamente por João Afonso (com José Lima) e Amélia Muge, em torno de dois poemas de José Afonso. E o espetáculo encerra com Zeca, a “carta a José Afonso” que José Mário Branco tinha apresentado em Correspondências.

1997. “Ao Vivo 1997” (EMI)

CD1: Eh Companheiro / Uma Vez Que Já Tudo Se Perdeu       / Inquietação / Cantiga De Trabalho / Engrenagem / Elogio Da Corporação      / Remendos E Côdeas / Moncorvo Torre E Gente / Shalom Palestina / Arrocachula / Margem De Certa Maneira / Ser Solidário   

CD2: 1900 / De Pé Saudação A Antero / Menina Dos Meus Olhos / Teu Nome Lisboa       / Capotes Pretos, Capotes Brancos / Terra Quente / As Canseiras Desta Vida / Emigrantes Da Quarta Dimensão / Queixa Das Almas Jovens Censuradas / A Noite / Cantiga De Alevantar “Leva-Leva”

A gravação de um álbum ao vivo deu a José Mário Branco o desafio de encontrar não apenas rumos para um guião construído com as suas próprias canções mas também modos novos de as abordar. A recolha de canções para fazer um alinhamento que queria mostrar um percurso (sem representar, porém, um modelo de ‘best of’ de escolhas demasiado evidentes), levou-o a atravessar a sua obra, recuando até aos dias de Mudam-se os Tempos Mudam-se as Vontades, sem evitar passar pelo GAC. O rumo definido leva-nos através de momentos, épocas e memórias, cruzando o fulgor que motivou algum dos episódios recordados (como por exemplo se escuta na Cantiga de Alevantar que fecha o disco) com uma aparente maior tranquilidade com que em 1997 o músico vivia o palco. Para o palco levou consigo Carlos Bica, João Pires, José Peixoto, Rui Júnior e os Tetvocal. Os arranjos e a direção musical ficaram por sua conta. O disco inclui momentos gravados ao vivo em vários concertos realizados em junho de 1997 no Coliseu do Porto, Teatro da Trindade (Lisboa) e no Teatro Gil Vicente (Coimbra).

2004. “Resistir É Vencer” (EMI)

2009. “Três Cantos” (EMI)

COMPILAÇÕES

1999. “Canções Escolhidas 71/97” (EMI)

2018. “Inéditos 1967-1999” (EMI)

2018. “José Mário Branco” (caixa, EMI)

2018. “Canções Escolhidas 71/97” (EMI)

Singles e EP

1969. “Seis Cantigas de Amigo” (EP, Arquivos Sonoros Portugueses)

1970. “Ronda do Soldadinho” (ed. autor)

1978. “Contra a Repressão No Brasil” (Vozes Na Luta)

1978. “Gente do Norte” (Diapasão)

1978. “Marchas Populares” (EP, Comuna Cooparte)

1979. “O Ladrão do Pão” (EP, Diapasão)

1982. “Qual É A Tua Ó Meu” (Edisom)

1982. “FMI” (máxi-single, Edisom)

Sem data:

“La Comune de Paris” (Groupe Organon)

A discografia de José Mário Branco cruza-se ainda com a obra publicada em disco pelo GAC – Grupo de Acção Cultural, que lançou quatro álbuns e vários singles entre 1975 e 1978.

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