Pela primeira vez desde 1980 as vendas de discos em vinil superaram o CD no primeiro semestre de um ano. Aconteceu nos EUA, no primeiro semestre de 2020, tendo o mesmo relatório mostrado que, contudo, as vendas físicas são hoje apenas sete por cento do mercado da música gravada, cabendo ao streaming 85% do consumo e aos downloads digitais um total de seis por cento (aqui acentuando uma queda que se tem vindo a verificar nos últimos anos).

O relatório semestral da RIAA (Recording Industry Association of America) evidencia a continuação do crescimento do consumo por streaming em 12% face ao ano anterior.

Apesar da “vitória” do vinil sobre o CD o primeiro semestre de 2020 notou uma quebra das vendas em formatos físicos (o que a atual pandemia pode em parte explicar). A queda foi na ordem dos 29,2% em termos de unidades vendidas face a 2019.

Olhando para os números, as vendas em vinil somaram 8,8 milhões de vendas (crescimento de 3%). O que em termos absolutos é ainda menos do que os 10,2 milhões de CD vendidos (aqui com uma queda de 45%). A vitória do vinil deve-se ao valor das vendas. É que os 8,8 milhões de discos em vinil vendidos correspondem a 232,1 milhões de dólares, face aos 129,9 milhões de dólares que correspondem aos 10, milhões de CD…

Há um ano as vendas em vinil neste mesmo semestre corresponderam a 224,1 milhões de dólares (8,6 milhões de unidades), menos do que os 247,9 milhões de dólares do CD (que correspondiam a 18,6 milhões de unidades vendidas). O mercado do CD teve assim uma quebra, em valor de negócio, de 47,6 % face a 2019.

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