Luís Pinheiro de Almeida

Jornalista, Luís Pinheiro de Almeida é também autor dos livros “Beatles em Portugal” (assinado em colaboração com Teresa Lage), “Biografia do Ié Ié” ou o recentemente publicado “Com os Beatles… Caro Jó”. Hoje apresenta a sua coleção de discos.

Qual foi o primeiro disco que compraste?

O primeiro disco que comprei, com o meu dinheiro, provavelmente proveniente de um aniversário, foi um EP dos Shadows, edição portuguesa,  com “South Of The Border”, “Perfídia”, “Dance On” e “Spring Is Nearly Here”. Foi no dia 3 de Setembro de 1963. Adorava (adoro) “Perfídia”. Mas o primeiro disco nas minhas mãos (oferta, no dia 26 de Agosto de 1958, tinha 11 anos) foi o single “L’Edera”, “Nel Blu Dipinto Di Blu”, de Nilla Pizzi, edição italiana.

E o mais recente?

O mais recente, que ainda não chegou às minhas mãos, é “Why Me? Why Not?, de Liam Gallagher, e vai ser, claro, a edição do 50º aniversário de “Abbey Road”. Já nas minhas mãos está um EP dos Beatles, “Girl”, edição espanhola, que tem uma capa magnífica.

O que procuras juntar mais na tua colecção?

Não tenho colecção, mas sim um “ajuntamento” de discos. Além dos Beatles e dos Oasis, procuro juntar música portuguesa dos anos 60, discos de Natal, discos do 25 de Abril, José Afonso, discos de futebol, Neil Young, Bob Dylan…

Um disco pelo qual estejas à procura há já algum tempo.

“Coimbra Menina e Moça”, dos Blusões Negros, de 1966, Mas também o LP de Natércia Barreto.

Um disco pelo qual esperaste anos até que finalmente o encontraste.

Há vários, muitos vários, por exemplo, o single inglês “Here’s A Heart”, de Dave Dee, Dozy, Beaky, Mick and Tich, o lado B feito êxito pelo Em Órbita.

Limite de preço para comprares um disco… Existe? E é quanto?

Costumo dizer que “o que tem de ser, tem muita força”, mas prefiro não pensar nisso. E quando acontece é para esquecer rapidamente o que se gastou.

Lojas de eleição em Portugal…

Praticamente só há uma, FNAC, eheh, mas para sujar os dedos com pó, a Discolecção (por acaso há muito que já lá não vou). O Potes fechou a loja.

Feiras de discos. Frequentas?

Já nem por isso, já me falta a paciência. Às vezes lá vou à Feira da Ladra, mas é por causa da almoçarada depois com os amigos.

Fazes compras ‘online’?

Sim, claro. Actualmente, deve ser 90 por cento das minhas compras.

Que formatos tens representados na colecção?

Todos, creio, singles, maxi, EP, LP, CD, boxes…, embora não tenha grande apreço pelos “picture discs”.

Os artistas de quem mais discos tens?

Beatles, Oasis, Rolling Stones, Bob Dylan, Neil Young, Beach Boys, Byrds…

Editoras cujos discos tenhas comprado mesmo sem conhecer os artistas.

Agora já não, mas houve tempo em que comprava tudo da Creation.

Uma capa preferida.

Ui! Tantas!!! Deixa-me lá escolher uma: “Rubber Soul”? Dos Beatles. É um LP que me marca muito.

Um disco do qual normalmente ninguém gosta e tens como tesouro.

“Até Ao Pescoço”, de José Jorge Letria. Até parece que sou o único habitante deste desgraçado planeta que gosta (e muito!) do LP.

Como tens arrumados os discos?

Em prateleiras de estantes, eheh! A sério, a minha organização de discos é desorganizada, mas eu entendo-me nela. Vamos lá a ver: o grosso é por ordem alfabética dos artistas, depois há “colectâneas e bandas sonoras”,  Beatles, “versões de Beatles”, “Beatles a solo”, portugueses. Olhando para as estantes, vejo ainda “brasileiros”, José Afonso, Coimbra, política, futebol, world music… e outros mini-ajuntamentos.

Um artista que ainda tenhas por explorar.

Não tenho ideia, mas não me ponhas macaquinhos no sótão… Talvez Ed Sheeran.

Um disco de que antes não gostasses e agora tens entre os preferidos.

Não tenho ideia de que isso alguma vez tenha acontecido, mas se me lembrar,  e como a entrevista é ‘online’, podes sempre corrigir, eheh!

Já compraste discos que, afinal, já tinhas?

É verdade que, às vezes e deliberadamente compro discos em duplicado, um para ficar no plástico, outro para ouvir. Mas, involuntariamente, sim,  já me aconteceu bué, eheh!

O que fazes com os discos repetidos?

Normalmente ofereço. Os ié-iés tento trocar.

Um disco menos conhecido que recomendes…

Ó diabo, a última pergunta e logo a mais difícil! É que desde o fim da brit-pop (anos 90), as minhas atenções divergiram. Não gosto do que ouço na rádio (salvo raras excepções, claro). Coisas antigas há muitas. Para os ouvidos de hoje, ouçam, por exemplo, Searchers, Dave Clark Five e Dave Dee, Dozy, Beaky, Mick and Tich.

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