
Tudo começou com uma revista mensal destinada aos admiradores dos Beatles. A “Beatles Book” foi publicada entre 1963 e 1969, viveu depois um hiato e conheceu segunda vida a partir de 1976. Por essa altura começou a ser uma fonte para colecionadores que ali encontravam contactos para comunicar entre si. Os anúncios começaram a refletir o interesse de quem ali procurava trocas e vendas de discos até que, em 1979, a revista passa a incluir um suplemento sobre colecionismo. Estavam ali lançadas as bases para a criação de uma publicação que, em 1980, se tornou independente e que sobreviveu ao fim da revista onde nascera.
Quando ganha espaço próprio, em 1980, a “Record Collector” era uma revista com cerca de 100 páginas em formato A5 e era feita por apenas duas pessoas. Durante anos a fio teve nas listagens de trocas e vendas um dos seus pontos de interesse, mas cedo começou a publicar artigos de fundo sobre artistas e discos, juntando noticiário e críticas. A idade da internet levou muita da informação outrora publicada nas listagens para fora das páginas em papel, apostando assim a revista na sua costela editorial, mostrando os artigos uma atenção por uma clara diversidade de espaços musicais. São frequentes as peças sobre discos raros, assim como nunca faltam nas discografias as informações sobre preços médios pelos quais os discos referidos podem ser procurados.
A edição mais recente da “Record Collector” assinala os 40 anos do surgimento do suplemento que está na raiz direta da revista com um destaque que junta entrevistas com jornalistas e outros profissionais que foram passando por ali, acrescentando a “marca” de identidade da casa com um artigo complementar que faz uma listagem dos melhores discos, mas também de lançamentos raros saídos em 1979, 1989, 1999 e 2009.