Tem 51 anos, vive no Porto, é músico e produtor. Teve primeiros episódios de maior visibilidade através dos D.R. Sax. Nos últimos anos tem editado música como SirAiva. Mas hoje fala-nos dos discos da sua coleção.

Qual foi o primeiro disco que compraste?
Acho que foi este, Japan – Obscure Alternatives.
E o mais recente…
Dos Imagination, o Music and Lights, máxi single. Por acaso já tinha, mas como estava um pouco riscado aproveitei. É um bom disco para samplar!
O que procuras juntar mais na tua coleção?
Perdi uma colecção de disco que comprei em Londres em 87. Gostava de voltar a ter todos os discos dos Japan.
Um disco pelo qual estejas à procura há já algum tempo.\Dos Scritti Politti, o Cupid & Psyche 85.
Um disco pelo qual esperaste anos até que finalmente o encontraste.
O Rio dos Duran Duran. Esperei muito para arranjar esse vinil. Acabei por arranjar um na Tubitek em finais dos anos 80.
Limite de preço para comprares um disco… Existe? E é quanto?
Não acho que possa haver um preço para vinil. Posso dar dois euro ou 30 euros, depende do disco e do estado dele. Para mim é importante estar em bom estado pois posso achar bom para samplar.
Lojas de eleição em Portugal…
Para alem da Louie Louie e Tubitek, qualquer loja de segunda mão, a onde já arranjei bons discos.
Feiras de discos. Frequentas?
Não.
Fazes compras ‘online’?
De vinil, não!
Que formatos tens representados na coleção?
Vinil: álbuns, máxi singles, singles, colectâneas, CD. As cassetes que tenho comprei todas nos anos 70 e 80.
Os aristas de quem mais discos tens?
Donna Summer. Podia ser Prince e Michael Jackson, mas é mesmo Donna Summer… Por nenhum motivo especial, apenas porque sempre que procuro esta lá um da Donna!
Editoras cujos discos tenhas comprado mesmo sem conhecer os artistas…
Não faço ideia, se comprar sem ouvir é pelas capas, por isso tenho alguns dos Yes, graças às capas do Roger Dean.

Uma capa preferida.
Eu nunca resisti as capas sci-fi dos anos 70 de disco sound. Mas acho que a capa do Tin Drum dos Japan é mesmo a minha preferida. Sempre me fascinou, o facto de ter um ocidental armado em Oriental, sempre me intrigou! 😉
Um disco do qual normalmente ninguém gosta e tens como tesouro.
O Golden Hit Parade. Chegai a esconder na altura em que se tinha o aparelho de vinyl na sala de jantar!
Como tens arrumados os discos?
No meu estúdio, bem guardados, mas prontos para samplar!
Um artista que ainda tenhas por explorar…
Tantos, mas nesta fase ando com vontade de ouvir Isaac Hayes e Erykah Badu.

Um disco de que antes não gostasses e agora tens entre os preferidos.
Dos New Musik, o Anywhere , de 1981. Acho que não estava preparado para o ouvir nos anos 80. Agora acho-o uma obra prima. Já dizia a minha avó: um dia vais deixar de comer chocolates e vais passar a gostar de cenouras.
Já compraste discos que, afinal, já tinhas? Caso sim, quais. E o que fazes com os discos repetidos?
Sim vários, por engano já aconteceu. Mas normalmente quando compro duas vezes é para samplar. E, porque o antigo está em mau estado… Mas acabo sempre por ficar com os dois, ou oferecer a um amigo que goste do disco!
Há discos que fixam histórias pessoais de quem os compra. Queres partilhar um desses discos e a respetiva história?
Uma vez a comprar um vinil de D.R. Sax numa loja de segunda mão, quando cheguei a casa no interior estava um do Bruce Springsteen. Nunca gostei muito do som dele. Mas, por causa disso, há pouco tempo acabei por comprar o livro (Born to Run). Ao contrario do vinil, o livro valeu bem a pena!
Um disco menos conhecido que recomendes…
Numa época em que está na moda o menos conhecido, algumas coisas mais conhecidas são menos ouvidas, mas aqui vai… Posso recomendar o Regulate… G-Funk Era, de Warren G ou House of Music dos Tony! Toni! Toné!.
