
Nome histórico da música de dança na Suécia, Jasper Dahlbäck (com obra feira desde inícios dos anos 90) e o colaborador de outras ocasiões Mark O’Sullivan foram por algum tempo, na primeira década do século XXI, os DK7. O ano era o de 2002 quando entrou em cena The Difference, o primeiro de uma série de máxis que, três anos depois, se reuniam num alinhamento que, juntando alguns mais inéditos, fez aquele que seria o seu único álbum de originais.
Das pistas com afinidades pelas descendências do acid house, mais evidente nos dias da génese do projecto, a dupla DK7 evoluiu rumo a terrenos mais distantes. E avançou rumo a horizontes mais próximos do electro e da electropop (escola Depeche Mode, de resto a mais marcante das referências) e chegou até mesmo a definir episódios com algum travo rock, construindo um álbum de canções dominadas por uma alma sombria, onde todavia raios de esperança deixam entrar frestas de luz.
O duo apresentou assim, no álbum Disarmed um espaço de reflexão sobre a canção, projectando olhares e pensamentos sobre o mundo ao seu redor. A música de dança definia aqui as linhas mestras da arquitetura, mas pelas canções emergia frequentemente uma fuga às lógicas mais tradicionais de construção de música para a pista, definindo assim um alinhamento mais feito para… escutar. Todavia, o excelente What’s The Fun foi, por alturas do lançamento, um dos singles dançáveis mais rodados em pistas por toda a Europa fora.
O ponto final neste pequeno percurso a dois surgiu em 2008 com um álbum de remisturas.