Jazz Messengers (Lisboa)

A Jazz Messengers – Lisboa abre hoje as portas no primeiro piso do espaço Ler Devagar, na LX Factory. O jazz está no centro das atenções mas há mais música, numa oferta que tanto valoriza o vinil como o CD e que, com o tempo, quer ter também mais discos usados. Texto: Nuno Galopim

Depois do vazio que ficou com o encerramento da Trem Azul, Lisboa volta a ter uma loja de discos que tem o jazz no centro das atenções. “Este novo projeto está ligado à distribuidora catalã Distrijazz, empresa que trabalha na área do jazz há vários anos, e surge inspirado no modelo da loja Jazz Messengers de Barcelona, agora reproduzido em Lisboa”, explica Carla Aranha, notando que, “desta forma”, procuraram “através da paixão pela música e do respeito pelos músicos, preencher esse mesmo vazio”.

A loja, que hoja abre as portas, encontra-se na LX Factory, mais concretamente no espaço Ler Devagar. “É um lugar único e foi a partir daqui que a ideia de juntar música e literatura nasceu”. Procuraram “os responsáveis, que abraçaram de imediato a materialização” da ideia. A nova Jazz Messengers de Lisboa “foi projetada à semelhança da loja-mãe, de Barcelona, mas com investimento e gestão independentes”.

E que tipo(s) de música poderemos agora ali encontrar? “Obviamente que a grande parcela é dedicada ao jazz – nas suas diferentes vertentes -, mas a música clássica, brasileira, assim como, alguma pop também têm um espaço”. Quanto aos formatos, Carla Aranha assegura que haverá “uma vasta selecção de todos”, ou seja, tanto o vinil como o CD. Haverá alguns discos usados nesta primeira fase, mas a intenção da loja é a de aumentar a oferta nesta área.

Depois de uma tentativa de abertura inicialmente apontada a meados de março, a Jazz Messengers Lisboa abre, mesmo assim, com horários e regras especiais (como de resto está a acontecer com todo o pequeno comércio. “No imediato, vai implicar uma redução de horário de atendimento e medidas de segurança de acordo com a dimensão do espaço onde estamos inseridos: no 1º piso da Ler Devagar. Mas, por outro lado, se há algo que esta crise pandémica nos ensinou é de não fazer planos a longo prazo. Queremos contribuir para a nova normalidade na cidade. Menos mas mais próximos”. A possibilidade de realizar eventos na loja terá, contudo, de esperar, pelo menos até outubro.