Cada disco pode contar várias histórias. E quem quiser mais do que ficar olhar para as capas pode agora ler aqui… Dez discos… e as respetivas histórias. E assim nasce o gosto de cada um. E hoje quem partilha aqui os seus dez discos e as respetivas memórias é a Surma.
Joy Division “Closer”
(1980)
Vanguardistas a um nível excepcional e único! Será sempre um dos álbuns e bandas da minha vida!
Herbie Hancock “Man-Child”
(1975)
Génio, Divindade, Erudito. Tudo o que tenho a dizer sobre Hancock! Para mim, um dos melhores músicos a nível universal!
Le Tigre “Le Tigre”
(1999)
Este álbum apareceu na minha vida em plena adolescência, andava à descoberta de artistas, música nova e Le Tigre foi “A” explosão na minha cabeça! 3 Mulheres a tocar Rock duro e puro foi uma epifania daquelas. Termos como feminismo, Riot, Queer, post-punk, toda a descoberta de um mundo novo e de termos nunca antes falados na minha vida! Foi uma obsessão para mim, de um modo tão saudável que me fez crescer imenso a todos os níveis! Andou anos e anos e anos em loop! Deceptacon, para sempre!
Fiona Apple “Fetch The Bolt Cutters”
(2020)
Não posso sair daqui sem mencionar o álbum desta grande Mulher e inspiração! Fiona Apple sempre foi para mim um exemplo de como estar na vida. Mulher de Armas, sem ligar a estereótipos, sem se vender uma única vez, letras de um Mundo distante, voz que se infiltra nas veias! Deveríamos ter todos um pouco de Fiona dentro de nós!
D.D Dumbo “Utopia Defeated”
(2016)
Descobri D.D Dumbo num vídeo do YouTube a tocar “Tropical Oceans”! Fiquei estupefacta com a parafernália de instrumentos estranhos e o modo como tocava tudo aquilo ao vivo, sem uma única falha! Amo este álbum. De uma produção incrível! Mas ao vivo, meu Deus, todo um outro Mundo por descobrir, é um músico inacreditável
Shankar-Jaikishan “An Evening In Paris”
(1967)
Descobri este vinil em casa dos meus Pais, entre os meus 15/16 anos! A capa é tão incrível que coloquei logo no leitor! A minha reacção foi tão surpresa que ainda tenho a sensação presente na minha mente como se fosse hoje! De um Bollywood inigualável! Foi o meu primeiro contacto com World Music.
Hank Williams “The Lonesome Sound Of Hank Williams”
(1960)
Presente desde 1994! Hank, foi dos meus primeiros vinis, e quando digo primeiro vinil quero dizer que era uma recém nascida quando o meu Pai me deu a conhecer este Grande Senhor! 2h por dia de Hank… acalmava-me, parava as birras, os choros! 2h de tranquilidade. Considero Hank Williams, como meu Avô adoptado! Tenho de ouvi-lo todos os dias!
Charles Mingus “Blues & Roots”
(1960)
Ai Charles Charles! Foi graças a este álbum e a este Senhor que comecei a estudar contrabaixo! Inspira-me de todas as maneiras…os riffs fenomenais, melodias de outro Mundo, maneira como toca! E fico-me por aqui…as palavras não chegam para descrever este génio!
St. Vincent “Marry Me”
(2007)
O meu primeiro contacto com Annie Clark foi com “Marry Me” Lembro-me de estar numa loja de discos com o meu Pai e de ver, apenas um, “Marry Me” na estante! Virei-me para o meu Pai e disse “Wow, esta rapariga é tão bonita”, tinha apenas 11 anos, saí da loja com uma nova paixão e com um sorriso de orelha a orelha! Foi Amor à primeira vista!Desde aí, que Annie Clark tem sido a minha inspiração em todos os géneros e feitios! A minha Deusa.
John Prine “Bruised Orange”
(1978)
As minhas verdadeiras raízes são o Country e o Jazz dos nos 50. John Prine, foi um dos meus primeiros contactos com a Música Country/Folk! Fiquei tão obcecada pela maneira como escrevia, como compunha, como conseguia ligar o humor com temas tão pesados (comentário social, elementos de protesto) que pendurei um poster enorme no meu quarto. Perdurou até aos meus 17 anos e a minha admiração por Prine perdura até hoje e perdurará para sempre.
Gira-Discos 