Estreado apenas na plataforma de ‘streaming’ da Disney o novo filme do realizador Peter Docter junta a 2020 uma série de factos e valores que dele fazem um momento a reter quando o futuro olhar para a história do ano difícil que todos vivemos.
Categoria: Cinema
“Sleep”, documentário de Natalie Jones, permite-nos ter agora uma visão panorâmica sobre o conceito, a criação e a partilha em público da peça de oito horas que o compositor Max Richter criou ao explorar os domínios da nossa relação com o sono.
A secção que o festival Porto Pós Doc dedica à música incluiu “Welcome To The Dark Ages”, um documentário sobre um evento que Bill Drummond e Jimmy Cauty realizaram recentemente em Liverpool, sem música, mas sob claros ecos da memória dos KLF.
Em “American Rapstar”, que passa hoje no Porto Post Doc, o realizador Justin Staples dá-nos a conhecer uma cena musical que fez nascer jovens estrelas milionárias na era do ‘streaming’ mas não aproveita para fazer o retrato social e político que a gerou.
Assinado por TT the Artist, que tem também obra feita na música, o filme “Dark City: Beneath The Beat” é um exemplo de primor visual de um pensamento narrativo diferente para nos dar a conhecer uma cultura que emerge nas ruas de Baltimore.
Filme-concerto assinado por Spike Lee, “David Byrne’s American Utopia” parte de um espetáculo magistralmente concebido e executado e usa as canções, as imagens e as palavras para nos fazer pensar sobre os caminhos que o mundo hoje vive.
Originalmente estreado em 1986, e agora disponível em Blu-Ray, “Absolute Beginers”, realizado por Julien Temple, junta ecos pop e jazzy do Soho dos anos 50 a uma trama que nota o crescimento de um nacionalismo xenófobo na Londres de então.
Disponível em DVD, o documentário “Kraftwerk and The Electronic Revolution” (2008) é na verdade um olhar alargado sobre os acontecimentos que abriram uma frente popular para a música eletrónica na Alemanha na viragem dos anos 60 para 70.
Um dos mais célebres exemplos das “óperas rock” que partiram dos palcos do teatro para o grande ecrã, “Hair” pecou por ter esperado tantos anos para o fazer. O filme fez sucesso, mas o clima musical e social ao seu redor não era o mesmo dos anos 60…
Está disponível em DVD “Coda”, um documentário que acompanha Ryuichi Sakamoto por alturas da criação de “Async” e que abre pontualmente frestas para evocar memórias ou observar o seu esforço enquanto ativista pela defesa do ambiente.